top of page

Os perigos do extremismo político no Brasil.

  • Foto do escritor: Eduardo Alves
    Eduardo Alves
  • 10 de out.
  • 2 min de leitura

Por Evelyn Bomfim, aluna da 2ª série do EM.



O extremismo político tem se tornado um fenômeno cada vez mais visível no Brasil, ocupando espaço nas ruas, nas redes sociais e até dentro das instituições. Embora se apresente como força transformadora, sua prática não oferece saídas reais para os problemas do país. Pelo contrário: O radicalismo mina o diálogo, alimenta divisões e aprofunda crises. Trata-se, portanto, de um caminho inútil, que não leva a lugar algum além do desgaste social e da fragilização da democracia.


Os impactos do extremismo já podem ser sentidos na vida política e cotidiana dos brasileiros. A primeira consequência é a intolerância, que transforma divergências legítimas em hostilidade aberta. Cidadãos deixam de enxergar uns aos outros como adversários democráticos e passam a se tratar como inimigos. Essa visão maniqueísta corrói a convivência social e cria uma atmosfera de desconfiança generalizada.


Outro efeito grave é o ataque às instituições. O extremismo, de direita ou de esquerda,

frequentemente tenta desacreditar o processo eleitoral, o Judiciário e a imprensa. Ao colocarem dúvida as regras do jogo democrático, abre-se espaço para soluções autoritárias e antidemocráticas, que jamais resolveram problemas estruturais no Brasil. Ao contrário, apenas aprofundam a instabilidade e comprometem conquistas históricas de liberdade e cidadania.


Além disso, o radicalismo político costuma se apoiar em promessas ilusórias. Apresenta

soluções rápidas para questões complexas como desigualdade social, violência ou crise

econômica, mas nunca oferece propostas viáveis. Ao rejeitar o debate, o consenso e a

negociação, o extremismo se mostra um projeto vazio, incapaz de produzir avanços concretos. O resultado é a frustração da sociedade e a perpetuação dos problemas que, em tese, pretendia resolver.


Essa postura revela a inutilidade do extremismo para a sociedade brasileira. Ele não cria pontes, não gera políticas públicas eficazes e não contribui para o fortalecimento da democracia. Ao invés de unir esforços em torno de soluções coletivas, desperdiça energia em conflitos estéreis, que apenas atrasam o desenvolvimento do país. Em última análise, o extremismo político funciona como um beco sem saída, onde o único destino é a paralisia.


É preciso, portanto, reafirmar a importância da moderação, do diálogo e do respeito às

diferenças. A pluralidade de opiniões é a base de uma democracia saudável, e é justamente dela que podem surgir soluções reais para os desafios nacionais. O Brasil não precisa de

radicalismos improdutivos, mas de cidadãos e líderes comprometidos com o debate

responsável e com o bem comum.


Portanto, o extremismo político não é apenas perigoso, mas também inútil. Ao invés de

iluminar caminhos, ele apenas escurece o horizonte democrático. O futuro do Brasil depende da capacidade de superar essa lógica destrutiva e de recuperar o espírito de cooperação que deve orientar qualquer sociedade que aspire à justiça e ao progresso.



1 comentário

Avaliado com 0 de 5 estrelas.
Ainda sem avaliações

Adicione uma avaliação
Vania
16 de out.
Avaliado com 5 de 5 estrelas.

Mais que um alerta, esse texto belíssimo, nos traz a advertência que, enquanto não trilharmos o caminho do dialogo e do respeito mútuo, seguiremos dividindo e gerando conflitos sem que se estabeleça nenhum nível de comunicação razoável, o que é impensável em termos de sociedade.

Curtir
bottom of page