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Queimadas em Goiás: até quando vamos fechar os olhos?

  • Foto do escritor: Eduardo Alves
    Eduardo Alves
  • 8 de out.
  • 2 min de leitura

Por Thalyson Paulo da Silva, aluno da 2ª série do EM.


Incêndio na região da Cavalcante-GO
Incêndio na região da Cavalcante-GO

As queimadas em Goiás têm se tornado cada vez mais frequentes e intensas, principalmente nos períodos de seca. Todo ano é a mesma coisa: o céu escurece no meio da tarde, o ar fica pesado e difícil de respirar, e as notícias sobre destruição ambiental se repetem. O problema é antigo, mas parece que pouca coisa muda de fato.


Quem mora em cidades como Goiânia, Anápolis ou no interior do estado sente os efeitos diretos da fumaça, que afeta principalmente crianças, idosos e pessoas com problemas respiratórios. No campo, o cenário é ainda pior: áreas inteiras do cerrado são consumidas pelo fogo, animais morrem tentando fugir das chamas, e o solo, que já sofre com o desmatamento, perde sua capacidade de se regenerar.


É importante lembrar que grande parte dessas queimadas são provocadas pela ação humana, seja por prática agrícola mal conduzida, seja por pura irresponsabilidade. E muitas vezes isso acontece com o objetivo de "limpar" áreas para a pecuária ou agricultura. Mas a que custo? O cerrado, que já perdeu quase metade de sua vegetação original, é um bioma riquíssimo em biodiversidade e essencial para o equilíbrio climático do Brasil.


Além disso, os impactos ambientais não se limitam ao momento do fogo. As queimadas afetam os recursos hídricos, a qualidade do ar, o clima local e até a produção agrícola, já que o solo degradado rende menos. Ou seja, o prejuízo não é só ambiental, mas também econômico e social.


É preciso que o governo estadual e as prefeituras ajam com mais firmeza na fiscalização e punição dos responsáveis. Também é fundamental investir em educação ambiental e em alternativas sustentáveis para o uso da terra. A população precisa ser parte ativa dessa mudança, cobrando ações concretas e adotando atitudes conscientes no dia a dia.


Enquanto tratarmos as queimadas como algo “normal” do nosso calendário, vamos continuar perdendo — como sociedade, como estado e como planeta. Já passou da hora de repensarmos nosso relacionamento com o meio ambiente, antes que o fogo consuma não só o cerrado, mas o nosso próprio futuro.


Thalyson Paulo da Silva
Thalyson Paulo da Silva

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